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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Mais de 600t de milho somem de silo em Brasileia, denuncia deputado

28/10/2015 22h30 - Atualizado em 28/10/2015 22h30

Gehlen Diniz (PP-AC) diz que 10 mil sacas desapareceram no início do mês.
Sindicância foi instaurada pela Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap).

Caio FulgêncioDo G1 AC
Deputado Gehlen Diniz (PP-AC) diz que 620 toneladas de milho sumiram em Brasileia (Foto: Divulgação/Ascom Aleac)Deputado Gehlen Diniz (PP-AC) diz que 620t de
milho sumiram em Brasileia
(Foto: Divulgação/Ascom Aleac)
O deputado estadual Gehlen Diniz (PP-AC) denunciou - durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta quarta-feira (28) - o sumiço de 10 mil sacas de milho, equivalente a 620 toneladas do grão, de um silo no município de Brasileia, distante 232 km da capital Rio Branco.
O local atende aproximadamente 100 produtores de quatro municípios da região do Alto Acre, de acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seap-AC).
Diniz afirma que o local é administrado pela cooperativa Coopegrãos em parceria com o governo do estado. O deputado acrescenta que solicitou na Casa encaminhamentos para que o sumiço do milho seja investigado pelos órgãos competentes.
"Solicitei à Assembleia Legislativa que informasse o Ministério Público, Promotoria de Brasileia, e também a Secretaria de Polícia Civil para investigar o caso, porque é caso de polícia, sendo crime, no mínimo, de apropriação indébita. Os produtores deixaram o produto para pegar depois e não o tiveram de volta", afirma.
O engenheiro agrônomo Nilton Cordeiro, do Departamento de Modernização Agrícola da Seap-AC, nega que o local seja administrado pelo Estado. Ele diz que o trabalho do governo consistiu em construir e equipar o silo. A administração seria exclusivamente da Coopegrãos.
No entanto, Cordeiro é encarregado de dar encaminhamento a uma sindicância que foi instaurada no início deste mês, quando a Seap-AC recebeu a denúncia por parte dos produtores. O silo atende produtores, além de Brasileia, das cidades de Epitaciolândia, Xapuri e Assis Brasil.
"O governo construiu, montou os equipamentos, mas a gestão foi passada para a cooperativa, que é responsável pela parte de guarda do produto. A sindicância foi aberta no dia 6 de outubro. Estamos verificando as denúncias dos produtores. Já fomos três vezes em Brasileia para ouvir produtores e representantes da Coopegrãos", afirma.
Ao G1, a presidente da cooperativa, Jaira da Silva, disse que está esperando a finalização da investigação feita pela secretaria e que não sabe nem mesmo se a quantidade de milho desaparecida é verdadeira. Ela disse que a Coopegrãos deve se pronunciar somente após uma posição da Seap-AC.
"Estou aguardando o resultado concreto dessa auditoria, porque ela vai rever os fatos reais. Aguardamos o resultado concreto, porque ela vai revelar o somatório real, porque, até o momento, não sei nem quantidade de milho [que sumiu]. Não tenho nenhum posicionamento concreto, é uma situação bastante delicada", finaliza.

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